segunda-feira, 30 de março de 2009

O QUE ACONTECEU HOJE?


Morre Maurice Jarre, compositor da trilha de "Doutor Jivago"
Por James Mackenzie

O compositor francês Maurice Jarre, premiado com o Oscar e autor de gloriosas e inspiradoras trilhas sonoras de filmes famosos como "Doutor Jivago" e "Lawrence da Arábia", morreu em Los Angeles aos 84 anos.
Jarre foi premiado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pela música que criou para clássicos do cinema como esses e "Uma Passagem para a Índia" - os três dirigidos por David Lean. Ele trabalhou também com outros cineastas famosos, incluindo Alfred Hitchcock, Luchino Visconti e Peter Weir.
Em comunicado em que prestou uma homenagem a Jarre, que morreu no fim de semana, o presidente francês Nicolas Sarkozy disse: "Trabalhando com os maiores cineastas do mundo, ele mostrou que a música é tão importante para o sucesso de um filme quanto são as imagens visuais."
"Os trabalhos para os quais ele fez uma contribuição tão magistral fazem parte da história do cinema para sempre", disse Sarkozy.
Durante toda a manhã as rádios francesas tocaram trechos de "Tema de Lara", de "Doutor Jivago", que se tornou um clássico, além da música dramática de "Lawrence da Arábia".
Jarre, que vivia em Los Angeles havia muitos anos, foi um dos compositores de música para o cinema de maior sucesso e mais prolíficos, tendo feito a música para mais de 150 filmes.
Depois de começar trabalhando com o cinema francês nos anos 1950, ele se tornou internacionalmente conhecido com a trilha sonora do épico de David Lean "Lawrence da Arábia", de 1962.
Seu trabalho abrangeu cinco décadas, e suas trilhas enriqueceram filmes como "A Filha de Ryan", "O Tambor", "O Ano em que Vivemos em Perigo", "Mad Max 3", "Atração Fatal" e "A Testemunha".
Jarre afirmava que a música deve ser um elemento fundamental de qualquer filme. "Se a música está presente apenas para destacar uma cena de ação ou de amor, ela não é realmente interessante", dizia ele. "Isso é como colocar açúcar demais num bolo."
Ele recebeu o último prêmio de sua vida no mês passado: um prêmio especial do Festival de Cinema de Berlim.
"Os compositores de cinema frequentemente ficam à sombra de grandes diretores e atores", disse o diretor do festival, Dieter Kosslick, quando anunciou o prêmio para Jarre.
"Com Maurice Jarre é diferente: a música de 'Doutor Jivago', como tantas de suas obras, é mundialmente famosa e faz parte inesquecível da história do cinema".
Maurice Jarre é pai de Jean-Michel Jarre, pioneiro da música eletrônica

sexta-feira, 27 de março de 2009

O QUE ACONTECEU HOJE?



No dia 27 de março de 1952 , estreou nos Estados Unidos o filme Cantando na Chuva (Singin'in in the Rain) com Gene Kelly, Donald O'Connor, Debbie Reynolds e Jean Hagen. O filme ocupa primeira colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos de todos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI) e divulgada em 2006.


Na trama, Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) são dois dos astros
mais famosos da época do cinema mudo em Hollywood. Seus filmes são um verdadeiro sucesso de público e as revistas inclusive apostam num relacionamento mais íntimo entre os dois, o que não existe na realidade. Mas uma novidade no mundo do cinema chega para mudar totalmente a situação de ambos no mundo da fama: o cinema falado, que logo se torna a nova moda entre os espectadores. Decidido a produzir um filme falado com o casal mais famoso do momento, Don e Lina precisam entretanto superar as dificuldades do novo método de se fazer cinema, para conseguir manter a fama conquistada.
O musical recebeu duas indicações ao Oscar, a de melhor atriz coadjuvante e melhor trilha sonora. Ainda ganhou o Globo de Ouro de melhor ator em comédia (Donald O'Connor) cuja dança no sofá é impagável.
Interessante citar que as músicas que fariam parte do filme foram escolhidas antes mesmo do roteiro ter sido escrito. No dia da gravação da famosa cena da dança na chuva, Gene Kelly ardia em febre e só conseguiu atuar após uma sessão de acumpultura.
E a chuva torrencial que cai enquanto Kelly dança e canta Singin'in the rain não é apenas água, mas uma mistura com leite, o que explica as gotas tão densas.
Curiosidades a parte, amantes do cinema têm, obrigatoriamente, que ter esse filme em seu acervo. Quem sabe nessa sexta – feira à noite não rola uma sessão pipoca??

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terça-feira, 24 de março de 2009

O GRANDE CABIDEIRO DO SENADO

E as surpresas continuam...



Quanto mais se mexe no armário do Senado, mais cabides vão aparecendo. O Correio Braziliense traz a notícia de que a diretoria-geral do Senado tem à sua disposição 203 cargos de confiança, cuja nomeação não depende de concurso público. Isso equivale a um gasto de R$ 650 mil mensais. Além disso, há uma forte suspeita de que esses cargos são ocupados por funcionários fantasmas. Ontem, segundo o jornal de Brasília, não havia mais que 20 servidores espalhados pelas salas do terceiro andar do Senado, onde fica a diretoria-geral. “Chamam atenção as trocas de funções dentro do Senado envolvendo o setor e a nomeação de pessoas que vivem em outros estados, como Amazonas e Paraíba”, diz a reportagem. Um exemplo é do advogado paraibano Walter de Agra Júnior, nomeado para trabalhar na diretoria-geral em 2007 com um salário de R$ 4,9 mil. Em seu currículo, ele se apresenta como “consultor” da Presidência da Casa.

domingo, 22 de março de 2009

TEMPO DO OCASO


O outono chegou. As flores começam a secar, a temperatura começa a ficar mais amena e as chuvas de verão são gradualmente substituídas por nevoeiros e geadas. É a preparação para a próxima etapa, o inverno.

Outono, do latim tempus autumnus, é o tempo do ocaso, no qual tudo fica mais belo,com a coloração do pôr o sol. Os dias são mais bonitos, de um azul profundo e noites estreladas com uma lua maravilhosa. Outono também é renovação. Há quem diga que o outono é a natureza a envelhecer e que bom mesmo é a primavera, a estação do amor... Mas existe algo mais belo que um pôr-do-sol de Outono, quando os raios vermelhos, rosa, roxo e azul pincelam o horizonte, rivalizando com todos os grandes pintores? Uma das grandes alegrias que eu tenho na vida é ter nascido ainda no outono Com mais dez dias teria vindo ao mundo no inverno e não teria o privilégio de ser uma filha do outono. Sempre me sinto mais feliz nessa época do ano. Mais inspirada, com vontade de fazer coisas novas, de mudar, assim como toda a natureza. E o homem observa a natureza e guia sua vida por ela a milhares de anos! Os celtas dançavam e faziam rituais para reverenciar a mudança das estações;
Os primitivos povos britânicos construíram as “quatro pedras da estação”, o Stonehenge, na planície de Salisbury, no sul da Inglaterra. Os cientistas acreditam que o monumento, construído por volta de 2100 a.C., era uma espécie de observatório astronômico. Como eles, diversos povos aprimoraram técnicas para saber o momento adequado de plantio e colheita.

O outono é a época em que a disponibilidade de alimentos diminui. Por este motivo, é neste período que muitas aves e outros animais partem para regiões mais quentes. No Brasil, entretanto, as quatro estações não são bem definidas, ou seja, o outono aqui não é tão explícito como nas regiões setentrionais, onde as flores realmente perdem a coloração e passam a ficar mais avermelhadas. Aqui temos árvores e plantas que florescem o ano todo. Ainda assim, podemos observar o “espírito do outono” pelas ruas e deixar que essa estação nos renove e nos envolva com sua beleza.

Feliz Outono pra vocês!

terça-feira, 17 de março de 2009

DIA DE SÃO PATRÍCIO

Hoje é dia de São Patrício, que só perde na minha preferência pra São Bento.
Eu queria muito comemorar esse dia na Irlanda, mas como esse ano não deu, vou festejar por aqui mesmo e preparar minhas malas pro ano que vem.



São Patrício (386 — 17 de Março de 493) foi um missionário cristão e santo padroeiro da Irlanda, juntamente com Santa Brígida de Kildare e São Columba.
Nascido na costa oeste da Grã-Bretanha, a pequena localidade galesa de Banwen é frequentemente referida como seu lugar de nascimento, embora haja muitas hipóteses sobre este fato. Quando tinha dezesseis anos foi capturado e vendido como escravo para a Irlanda, de onde escapou e voltou à casa de sua família seis anos mais tarde. Iniciou então sua vida religiosa e retornou para a ilha de onde tinha fugido para pregar o Evangelho. Converteu centenas de pessoas, das quais muitas se tornaram monges. Para explicar como a Santíssima Trindade era três e um ao mesmo tempo utilizava o trevo de três folhas e por isso o mesmo tem papel importante na cultura Irlandesa. Foi incentivador do sacramento da confissão particular, tal como conhecemos hoje, visto que antes o mesmo era realizado de forma comunitária. Um século mais tarde essa prática se propagou para o restante da Europa.
São Patrício também é muito reverenciado nos Estados Unidos devido ao grande número de imigrantes irlandeses. Em Manhattan, Nova Iorque, a catedral que também é sede da arquidiocese, tem o seu nome. No dia 17 de março há diversas comemorações na Irlanda e nos Estados Unidos, conhecidas como paradas de São Patrício, onde ocorrem festejos e desfiles em memória do santo, sendo essa a principal forma de afirmação do orgulho dos imigrantes e descendentes de irlandeses na América.
Aqui em Curitiba existem pubs que também comemoram o dia de São Patrício ao som da melhor música irlandesa e regado pela tradicional cerveja verde.

domingo, 15 de março de 2009

SER FEMININO... RETICÊNCIAS!

O belo dessa semana foi escrito por uma bela: A minha querida amiga e afilhada Tati! Uma coisa que chega a me emocionar é o fato de ela ter dito que voltou a se inspirar a escrever com o nosso blog.
Confiram a beleza e força sutil de sua escrita:





Ser feminino... Reticências!

Ah, as mulheres... são como este gênero de pontuação... reticicências! Sempre a indicar um pensamento ou ideia ainda por terminar, concluir.. omitindo algo que podia ser escrito, mas não foi. Podia ser dito, mas não foi. Uma figura retórica que deixa incompleta uma frase, dando a entender, no entanto, o sentido do que não se diz e, às vezes, muito mais.
Talvez a isto se deva uma explicação: somos todas nós, brancas ou negras, magras ou não, cheias de certezas e repletas de dúvidas, mães adoráveis e amantes vibrantes, queremos as benesses da mais nova tecnologia e nos rendemos a horas de leitura de uma simples revistinha de coméstico...nos bastamos e buscamos nos completar no outro.
Lacan ou Freud, não sei, pouco importa... fato é que as mulheres tem acesso a outro gozo pois não estão totalmente e, somente, absorvidas na lógica fálica e patriarcal.
A marca própria da mulher... uma sensibilidade absoluta (mas não fragilidade!) para conviver com o indelevel machismo latino.
Mulheres são coloridas ainda que não vivam sem o “pretinho básico”, são cama e mesa, noite e dia, mais música que silêncio, abajur e velas... mas mulheres não são ilhas, são metropóles!
Para falar mais de nós mulheres, estou aqui a lembrar Adélia Prado em seu poema A serenata: “Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa”. Penso assim, toda mulher é doida. Impossível não ser. Nos dizerem que temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir (pelo menos de vez em quando) que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca pensaremos em jogar tudo pro alto acreditando ser possível um amor de 24 horas com Jack Bauer.
Eu só conheço mulher louca e cheia de características sempre no superlativo, não existe mulher zinha. Santa, desconheço. Não existe. Só mesmo Nossa Senhora! Mulher certinha, previsível? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.
Não consigo concluir... terminar...mas também para quê definir conclusivamente a alma feminina. Talvez no próximo poema seja mais fácil falar do homem e ponto final! Para que a exclamação?

Por:Tatiana Finamore (Dia das Mulheres – Março 2009)

quinta-feira, 12 de março de 2009

FIM DA LENDA DE ANASTÁCIA?

Como eu ando num momento meio Poliana, ainda prefiro acreditar que a Princesa Anastácia está escondida em algum lugar desse mundo...



Redação Central, 11 mar (EFE).- Os cinco filhos do último czar russo foram assassinados, assim como os pais, durante a Revolução Bolchevique, segundo um estudo de DNA que foi divulgado hoje pela publicação online da "Public Library of Science" ("PLOS").
Uma equipe de cientistas internacional colocou fim a um dos grandes mistérios da história recente do século XX, o destino da última família imperial russa, que foi assassinada em julho de 1918 e com as especulações de que algum dos filhos de Nicolau II poderia ter sobrevivido.
No entanto, um estudo de DNA dos restos encontrados em um túmulo - localizado em meados de 2007 a cerca de 70 metros de uma primeira onde estava a maioria dos Romanov - revelou que se tratava de outras duas crianças da família: o herdeiro ao trono Alexei e uma de suas quatro irmãs.
No entanto, o mistério parece seguir reinando: não se sabe a identidade da menina que foi enterrada junto com o herdeiro Alexei. EFE

quarta-feira, 11 de março de 2009

MARCAS DO RACISMO

Esse vídeo me chocou de uma forma impensável. Em que tipo de cidadão vai se transformar essa criança que cresce acreditando ser má, errada e feia? Como será o seu futuro e o que ela irá realizar.
O que nós podemos fazer?

terça-feira, 10 de março de 2009

MÁQUINA DE LAVAR FEZ MAIS PELA MULHER DO QUE A PÍLULA

E eu tinha ressalvas com o João Paulo II. Quando o Bento VI era cardeal, eu cheguei a ler alguns de seus artigos publicados no L'Osservatore Romano e já me assustava com a forma medieval com que ele via o mundo e o papel da Igreja.

Agora, diante das excomunhões dadas a médicos e pais preocupados com a saúde física e mental de uma criança de 9 anos, enquanto o estuprador tem o direito à redenção mediante arrependimento, me pergunto porque o vaticano não volta à prática da xícara de chá envenenada... Se é pra voltarmos à Idade Média, que voltemos com tudo!






Máquina de lavar fez mais pela mulher do que a pílula, afirma Vaticano

Texto narra a história desde a rudimentar máquina de lavar até os modernos equipamentos que a mulher pode usar para tomar um capuccino

Feministas do mundo todo, é melhor sentarem-se para ler isso: o jornal do Vaticano diz que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher no século 20 do que a pílula anticoncepcional ou o acesso ao mercado de trabalho.

A conclusão consta em um longo artigo publicado na edição do fim de semana do jornal semioficial do Vaticano, o L'Osservatore Romano, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O título era "A Máquina de lavar e a liberação das mulheres - ponha detergente, feche a tampa e relaxe".

"O que no século 20 fez mais para liberar as mulheres ocidentais?", questiona o artigo, escrito por uma mulher. "O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, e alguns (dizem que) o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar."

O texto então conta a história da máquina de lavar, desde um modelo rudimentar de 1767 na Alemanha, até os modernos equipamentos com os quais a mulher pode tomar um capuccino com as amigas enquanto a roupa é batida.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O DIA DA MULHER


O Dia Internacional da Mulher é comemorado oficialmente pela 34ª vez neste domingo, 8 de março, mas a homenagem já tem quase um século de vida.
Em 1911, quando as mulheres não tinham nem direito ao voto em praticamente todo o mundo, o dia delas começava a ganhar o planeta. A homenagem vem não apenas de um fato que aconteceu em um 8 de março de 1857, em Nova York.
Para se chegar a esta data foram precisos haver uma revolução, protestos violentos e que centenas de mulheres dessem a cara e o corpo para bater e até ser queimado.
Ainda no final do século XVIII, a escritora britânica Mary Wollstonecraft levantava a questão de como a mulher era tratada. Condições subumanas, carga horária pesada e salários bem mais baixo do que o dos homens já eram apontados para mostrar quanto elas eram consideradas de forma diferente -e, pior, como são até hoje.
“Por que as mulheres são comparadas a anjos, senão somente para deixá-las abaixo das mulheres? Elas só são anjos quando são jovens e bonitas, consequentemente, não é pela virtude que adquirem esta homenagem”, escreveu Mary Wollstonecraft, em "A reivindicação dos direitos das mulheres", em 1792.
Assim, menos de 70 anos após a Revolução Industrial, em 1857, trabalhadoras de uma fábrica têxtil, apelidadas então de ‘funcionárias das vestimentas’, protestaram por melhores condições de trabalho em Nova York e o que ganharam a curto prazo foi uma violenta resposta de policiais.
Mas aquela data não passou em branco dentro da história. Dois anos depois, também em 8 de março, mais mulheres fizeram uma força única e começaram a obter os primeiros direitos de trabalho por intermédio de uma associação. Fato que impulsionou o direito das mulheres dezenas de anos depois.
Em 1908 (também em 8 de março), 15 mil mulheres se juntaram na cidade de Nova York e fizeram novo protesto reclamando por seus direitos e também protestando contra o trabalho infantil. Em maio do mesmo ano, o Partido Socialista da América estabeleceu que o último domingo de fevereiro seria o “Dia Nacional das Mulheres”, data mantida até 1913.
Em 1910, organizações socialistas se encontraram em Copenhague, na Dinamarca. Lideradas pela alemã Clara Zetkin, resolveram adotar uma data fixa para celebrar o dia delas no mundo todo. Ficou acertado que seria em 19 de março, e já no ano seguinte países como Dinamarca, Suíça, Alemanha e Áustria o adotaram.
Em 1911, porém, é que o movimento acabou ganhando força. Novamente em março, mas agora no dia 25, 141 trabalhadores dos 500 presentes na fábrica, entre mulheres, crianças e adolescentes italianos e judeus europeus, morreram em um incêndio na companhia Triangle Waist Company. A tragédia acabou sendo chamada de, em livre tradução, o ‘trágico incêndio no Triângulo’.
Após os relatos desesperados e as histórias das condições subumanas que eram implantadas na fábrica, a revolução começava a dar voz e direito às pessoas, principalmente para as mulheres.
Lideradas pela União das Moças Trabalhadoras do Vestuário e da Liga da União das Trabalhadoras, conseguiram os primeiros avanços. Entre eles, de obrigar que as empresas mantivessem abertas as portas de emergência. Antes, os empresários fechavam todas alegando que havia furto de produtos.
A data de 8 de março, porém, ganhou força na Rússia. Em 23 de fevereiro de 1917 pelo calendário Juliano, que coincidentemente caiu em 8 de março pelo calendário gregoriano, o czar russo Nicolau II foi obrigado a deixar o governo e garantir o direito ao voto das mulheres.
Somente em 1975, 64 anos depois da convenção socialista e 30 após a sua criação, as Nações Unidas resolveram adotar a data como oficial para celebrar o Dia Internacional da Mulher

sábado, 7 de março de 2009

PS: EU TE AMO



Hoje eu finalmente criei coragem para assistir o filme P.S. I Love You (P.S. Eu te amo).
É que eu desenvolvi uma certa resistência a filmes que eu sei me farão chorar. E como eu chorei! O filme é magnífico, simples, com uma trilha sonora perfeita, fala da manifestação mais sublime do amor, além de contar com os lindos Gerard Butler (O Fantasma da Ópera e Esparta) e Hilary Swank (Menina de Ouro).
É a história de um casal que se conheceu bem jovem e não se largou mais. Construiu a vida juntos. Podia ser a história de cada um de nós.
A primeira cena nos traz uma briga que qualquer um,se ainda não viveu, irá! Ela andando pesadamente pela rua, com a cara mais amarrada do mundo e ele atrás, pedindo desculpas por ter feito algo que, até então, não havia descoberto o que era.
E eles se preocupam com as contas, com o futuro, com a vontade de ter filhos, enfim, essas coisas que dão sentido em nossas vidas. Ela tem planos pra tudo. Ele nunca os tem, mas canta divinamente.
Como o filme não podia ficar só na vida simples e deliciosa desses dois, ele morre e ela entra em desespero. Só que o amor dele ultrapassa essa barreira da morte (não, não é a versão do século 21 de Ghost!).
Ele escreve cartas pra ela, que chegam das formas mais inesperadas.Todas as cartas terminam com PS, eu te amo. E essas cartas passam a guiá-la. Eu experimentei alguns sentimentos vendo o filme: primeiro,a vontade de ter um amor assim (se não for intenso, verdadeiro e simples, não vale a pena). Segundo, fiquei extasiada com a entrega e generosidade dele: sabendo que ia morrer, ao invés de se entregar a auto piedade, se preocupou com aquela que, segundo ele, lhe deu a honra de ser sua esposa. Terceiro, raiva dele em um determinado momento, porque ela se tornou dependente das cartas e não conseguia seguir a vida sem receber a próxima. Isso me pareceu crueldade por parte dele. Uma forma que ele descobriu de estar sempre presente. E por último, arrependimento por ter sentido raiva, porque no final, as cartas foram na verdade, a grande redenção dela. Ele mesmo disse que, ela tinha sido a sua vida, mas ele fora apenas um capítulo na dela.
Vejam o filme e me contem.

sexta-feira, 6 de março de 2009

CULTURA

Passei a semana toda em Londrina, realizando trabalhos de Desenvolvimento Local. Tudo bem que o calor insano quase não nos deixava respirar, mas ainda assim foram feitas coisas muito interessantes.

Ontem no Integra Londrina, evento de suma importância para a cidade, realizamos uma Oficina de Redes, tocada pelo Professor e analista político Augusto de Franco. Sempre viajo com o Augusto e sempre volto dessas viagens tendo aprendido algo a mais. Ontem não foi diferente.

No meio de sua fala, ele deu o que, na minha opinião, é o mais brilhante e abrangente conceito de cultura: "cultura é a transmissão não genética de comportamento".

domingo, 1 de março de 2009

POENTE

O texto abaixo é do meu amigo João, o Guimarães e está postado em seu blog (http://www.joaooguima.blogspot.com).

O que me comoveu e fez com que o elegesse como o belo da semana, é a história de sua construção: solidário a dor de seu pai pela perda de um amigo, João resolveu prestar-lhe essa homanagem. Confiram a sutileza e profundidade dos versos:

Pela janela apenas uma chuva apropriada;

Até o céu parece entender o poente de uma vida;

Não sinto pela luz que se apagou, essa não me iluminava;

Sinto pelos que na penumbra ficaram;


Ao longe escuto um violão sussurrando;

Uma ingênua homenagem do acaso;

Ou quem sabe seja apenas tentativa

Apaziguar quem só tem saudades.


O infinito é mais perto do que penso;

Tênue linha que nos equilibramos.

(JB.Guimarães)