terça-feira, 26 de maio de 2009

O QUE ACONTECEU HOJE?




No dia 26 de maio de 1897, chegou às livrarias de inglesas o belíssimo e assustador "Drácula", de Bram Stoker, livro que me tirou noites de sono na adolescência.
Este romance em forma epistolar, dando voz às várias personagens, abre com a chegada de Jonathan Harker, a um castelo em uma remota zona da Transilvânia. Alí o jovem Harker trava conhecimento com o excêntrico proprietário do castelo, o conde Drácula, dado este ter em vista a aquisição de várias propriedades na Inglaterra.
Paulatinamente Harker começa a perceber que há mais do que excentricidade naquela figura. O anfitrião é estranho, assustador e tenebroso. Passada a inicial hospitalidade, Harker começa a entender que, mais do que um hóspede, se transformou em um prisioneiro do conde Drácula.
Seguidamente, Drácula decide viajar até à Inglaterra, deixando um rasto de morte e destruição por onde passa – sob a forma de um enorme lobo -, enquanto Harker é deixado à guarda de três figuras femininas; três terríveis, belos e luxuriosos seres que se alimentavam de sangue humano. Depois de algum tempo, Harker consegue fugir apesar de bastante debilitado, e encontra-se com a sua noiva, Mina, em Budapeste.
Já na Inglaterra, Lucy, uma jovem amiga de Mina, começa a apresentar estranhos sintomas: uma enorme palidez e dois enigmáticos orifícios no pescoço. Os seus amigos, John Seward, Quincey Morris e Arthur Holmwood, incapazes de perceber a origem daquela doença, recorrem ao auxílio do Dr. Abraham Van Helsing, médico e cientista, famoso por seus métodos pouco ortodoxos, mas que pode ser a única esperança para a moça. Após examinar meticulosamente Lucy e compreender que esta erar vítima dos ataques de um ser diabólico se alimentava de seu sangue humano, Van Helsing decide não revelar imediatamente aos demais, receando a reação destes.
Numa noite, Lucy e sua mãe são atacadas por um lobo – a versão animal do conde Drácula – e ambas morrem, embora de causas diferentes: Lucy tendo sido fruto do ataque sanguinário do lobo/Drácula; a mãe de Lucy vítima de ataque cardíaco provocado pelo medo.
Lucy é enterrada, mas a sua existência não termina por aí: esta renasce como vampira e começa a perseguir crianças. Van Helsing, não tendo outra opção, confidencia as suas conclusões aos amigos desta. Estes, decididos a colocar um fim naquela forma de existência, pregam-lhe uma estaca no coração e cortam-lhe a cabeça, pois só assim sua alma seria libertada e poderia descansar em paz.
Pouco tempo depois, para surpresa dos mesmos, percebem que Drácula tinha agora uma nova vítima, Mina, já regressada de Budapeste junto com seu agora marido, Harker, Porém, para além de se alimentar de Mina, Drácula também lhe dá o seu sangue a beber, ritual que os faz ficarem ligados espiritualmente numa espécie de matrimónio das trevas. Acontece que Mina era a reencarnação de Elisabetha, a princesa de Dracula que, enganada pelos mouros e achando que havia perdido seu grande amor, se atirou da torre do castelo. Quando os padres da Igreja se recusam a dar-lhe um enterro cristão por esta ter cometido o pecado do suicídio, Drácula se revolta e faz um pacto com o diabo, começando assim, sua vida nas trevas.
Van Helsing compreende que, através da hipnose, é possível seguir os movimentos do vampiro, a fim de destrui-lo e salvar Mina. Inicia-se uma perseguição na qual eu nunca soube se torcia para os mocinhos ou para o monstrão lindão. Drácula foge para o seu castelo na Transilvânia, porém é interceptado e morto.
O romance foi adaptado muitas vezes, especialmente para o cinema, mas na minha opinião, o mais lindo de todos é o de 1992, estrelado por Gary Oldman, Winona Ryder, Keanu Reevers e Anthony Hopkins

quinta-feira, 21 de maio de 2009

CONDESSA DE BARRAL


Acabei de ler o livro "Condessa de Barral, Paixão do Imperador", no qual a historiadora Mary Del Priore, autora de O Príncipe Maldito, lança luz sobre mais uma fascinante e pouco conhecida personagem da História do Brasil


Luísa Margarida Portugal e Barros, a Condessa de Barral, manteve durante trinta anos um relacionamento lendário com o Imperador do Brasil, D.Pedro II, ocupante do trono brasileiro entre 1840 e 1889. Porém, muito mais do que uma simples amante, esta filha de um senhor de engenhos apaixonado pelas letras foi uma das figuras femininas mais originais e interessantes de seu tempo.

Na sua época, é sabido que a maioria das mulheres vivia como mera sombra dos homens. Barral, no entanto, sempre deu de ombros para esta regra - e para muitas outras. Seu pai prometeu sua mão para um amigo de infância, mas ela ignorou o acordo e se casou com o homem que escolheu. Mais tarde, quando se deparou com o grande amor da sua vida, D Pedro II, continuou a surpreender a todos.

Mesmo casada, estabeleceu um relacionamento de décadas com o monarca. Valendo-se da proximidade com o imperador, mandou e desmandou, atraindo inveja e raiva. Ambígua, passava períodos sofrendo por estar distante de D. Pedro e outros pelo oposto. Chegou a estimular seu amado a procurar outras amantes, embora pouco depois se arrependesse.

Segundo a escritora e historiadora Mary Del Priore, D. Pedro se apaixonou por Barral não só pela sua personalidade. Os dois se viam como almas gêmeas, porque encaravam o amor de outra forma, como uma amizade com finas sintonias emocionais e intelectuais. Isso não significa que os dois não tenham se entregado ao desejo, mas não era esse o cerne de sua ligação:

"Apesar de possuidor de uma vasta biblioteca, Dom Pedro, na sua simplicidade, falava mal o inglês e tinha uma cultura típica de almanaque. Já Barral era uma mulher cultíssima, dona de uma vivência nas cortes européias que o próprio imperador não tinha, mas admirava e necessitava", observa a historiadora.

Em Condessa de Barral, Mary Del Priore lança mão de cartas e diários pouco conhecidos - parte deles é inédita. Para decifrar esta enigmática e controversa personagem, mergulha mais uma vez numa história surpreendente, rica em detalhes, costumes e referências ao vocabulário da época.

Quem quiser conhecer uma história de amor que tramita entre o sagrado e o profano e ao mesmo tempo se inteirar um pouco mais sobre os detalhes da História do Brasil, não pode perder esse livro.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

SERÁ QUE É ISSO MESMO???

Ao contrário do que sempre pensamos, é nos momentos felizes que sabemos quais são os nossos verdadeiros amigos: aqueles que, além de ajudar, se contentam ainda mais com a nossa felicidade e continuam perto de nós, independente do nosso estado de espírito.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

AS MANIFESTAÇÕES DA ARTE



Ontem eu estive no Jokers, o meu pub preferido em Curitiba, pra prestigiar a exposição da artista plástica Marilu Wolff, mãe do Bernardo que trabalha comigo.
Foi uma noite na qual consegui reunir grandes prazeres da vida: Jokers com entrada franca e double de Irish Coffee até as 20:30, exposição de belos quadros e a melhor música celta tocada pelos Gaiteiros do Lume. Era a manifestação da arte na pintura repleta de luz e vida e na música que nos remete a tempos idos.


Quanto a Exposição, quem tiver oportunidade não pode perder! Os quadros retratam pessoas em várias situações de trabalho, exercendo diversas atividades e ainda assim igualados pelo tom violeta. Ao mesmo tempo em que as obras podem nos entristecer, por mostrar uma realidade triste e amarga , é de uma profunda beleza que também comove.
Vale a pena conferir!
O Jokers fica na Rua São Francisco, 164 – Centro Histórico. Só a ruazinha estreita de paralelepípedo já nos convida a uma viagem no tempo.



quinta-feira, 7 de maio de 2009

O QUE ACONTECEU HOJE?

O dia 07 de maio deve ser marcado no calendário. Vários acontecimentos importantes tiveram lugar nesse dia, no decorrer dos anos.

Em 1928, mulheres inglesas ganharam o direito ao voto. O problema é que o benefício só abarcava as que tinham entre 21 e 30 anos de idade.

Em 1945 a Alemanha se rendeu aos países aliados, encerrando assim, a Segunda Guerra Mundial.

Já no Brasil, em 1985 o então presidente José Sarney, anunciou a proposta de eleição direta para presidente da República, com maioria absoluta e pleito em dois turnos.

E a África do Sul estabeleceu eleições com sufrágio multirracial depois de 40 anos do apartheid, aos 07 de maio de 1993.

domingo, 3 de maio de 2009

COISAS DA VIDA


Hoje eu passei horas com um amigo de Juiz de Fora no Skype (é, eu tenho usado essa tecnologia).
Esse é amigo daqueles que contam os podres, que jogam na cara as bobagens que fizemos há 15 anos atrás, que riem das nossas gafes e que ainda assim a gente segue a vida amando.
Acontece que esse meu amigo está com uma tremenda dor de cotovelo. E o pior, é que ele sabe que o causador de suas mazelas, é ele mesmo. Meses atrás ele me contou que estava se interessando por uma colega de trabalho. A dita era bonita, inteligente, alegre, enfim, reunia todos os dotes necessários para atrair um carinha gente boa como ele. Eu daria a maior força, iria sugerir que ele a convidasse pra jantar, mas primeiro tive que fazer a pergunta fatal: “Você terminou com a Bel?” (nome fictício). Qual não foi a minha surpresa quando o meu amigo, rapaz de família, honesto, trabalhador, daqueles com quem a gente pode contar a qualquer momento, me disse que não!
A Bel é uma moçoila que ele conheceu na faculdade. Menina esforçada, perdeu o pai cedo e sempre ajudou a mãe, costurando, fazendo artesanato, até que se formou em Biologia. Eles sempre foram um casal que todos achavam o máximo juntos e queriam estar nas bodas.
Acontece que nesse tempo em que estive fora, alguma coisa mudou entre eles. Meu amigo diz que com o passar do tempo, tudo esfriou. Até ai, tudo normal. Triste, mas normal.
Nesse dia, conversamos muito e ele ficou de pensar, esfriar a cabeça e ver o que ia fazer. Como ele sempre foi um menino bom, acreditei que ele ia fazer a coisa certa (que nem eu sabia o que era).
Hoje ele me relatou o embrolho em que se meteu: Começou um affair com a colega de trabalho, sem contar pra ela da Bel. Achou que poderia ser uma coisa boba e passageira (em momento algum pensou nos sentimentos da garota). Acontece, que com o passar dos dias, foi conhecendo melhor a moça e viu que se tratava de uma criatura adorável. Ai as coisas começaram a ficar mais complicadas.
Não conseguia ficar bem em nenhum lugar. O estômago doía, a cabeça rodava, se sentia um crápula. Freqüentava ainda a casa da Bel, viajava com a família, foi a festa de 90 anos da avó. Estava com uma, pensava na outra.
Por que não terminou com a Bel? - eu perguntei – É que não conhecia bem a outra, era novidade, não sabia se podia confiar. Com a Bel, já tinha uma história, uma rotina, amigos em comum, as famílias se gostavam. Escolher a outra significava começar tudo de novo, correr riscos, sair do lugar comum.
Então, por que não contou toda a verdade pra moça? Isso significaria que ela podia ficar com raiva dele, não querer mais vê-lo e isso ele não queria também.
O fato é que o meu querido amigo fez uma grande bobagem. Tentou cozinhar as duas, sumia de vez em quando, não respondia os telefonemas da moça do trabalho e depois aparecia com a cara mais lavada do mundo, como se nada tivesse acontecido. A moça segundo ele, até tentou tocar no assunto, saber o que tava acontecendo (atitude louvável), mas ele se esquivou. Claro que ela cansou.
Partiu pra outra e passou por ele com um carinha mais alto e de ar mais fresco e jovial (provavelmente porque não tinha o fantasma de uma traição nas costas). Segundo as suas próprias palavras, o pior de tudo é que ele nem podia tirar satisfação.Com que direito? E começou a conviver todos os dias com a moça sendo buscada pelo novo amor no final do expediente, recebendo flores e tocando a vida.
Ele pensou que seria melhor assim, pois poderia sair impune e continuar sua vida com a Bel. O que ele não contava era com “a candinha”. Alguém que ele não sabe quem (em Juiz de Fora isso é muito comum), contou em detalhes o caso dele com a moça para a Bel. Essa por sua vez, não se fez de rogada e foi procurar a moça na porta do trabalho. Parece que ia começar a rolar um barraco, mas a turma do deixa disso apaziguou. Ele ficou no meio das duas sem saber o que fazer (nem precisava, já tinha feito o suficiente).
Com isso, ele perdeu a Bel, a família o odeia, aqueles amigos que eram mais próximos dela vão ficar com ela mesmo, seus pais o repreenderam, sua imagem no trabalho está meio riscada, a colega de trabalho (que poderia ser uma boa amiga) não quer vê-lo nem pintado de ouro e eu, com quem ele veio se lamentar, resolvi escrever a sua história. Ele deixou. Disse que ler o que ele fez bem como os possíveis comentários, pode ser uma forma de redenção. Vai saber!
O que me motivou a escrever, foi o fato de essa ser uma história tão comum. Acontece todos os dias, com as melhores pessoas. Todos nós já protagonizamos uma história assim atuando em um dos papéis, ou pelo menos conhecemos alguém que o fez. Sofremos e fizemos sofrer. Nos decepcionamos e decepcionamos os outros. Quando vamos aprender?