segunda-feira, 29 de junho de 2009

O QUE ACONTECEU HOJE?




No dia 29 de junho de 1613, o Globe Theatre de Londres foi destruído por um incêndio.
O Globe original foi construído por Peter Streete na época elisabetana. Construído com as estruturas do primeiro teatro inglês – The Theatre, erguido em 1576 pelo ator James Burbage e demolido em 1598, depois de ter sua licença cassada -, o Globe surgiu em 1599 e se localizava em uma área conhecida como Bankside próxima ao rio Tâmisa.
Shakespeare tornou-se um de seus sócios, transformando-o em arena para as representações de peças como Hamlet e Rei Lear. Fechado em 1642, após a vitória dos puritanos liderados por Oliver Cromwell na Guerra Civil Inglesa (1642-1649), o teatro seria reconstruído e reinaugurado em 1996. A reconstituição das características originais do Globe foi possível graças a pesquisas arqueológicas que em 1989 descobriram suas fundações e as ruínas do Rose Theatre, construção da mesma época.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ORIGEM DA AGRICULTURA

Essa matéria da Gazeta do Povo de 24/06/09 nos mostra como o ser humano pode ser surpreendente...





Celeiro de 11 mil anos na Jordânia dá pistas sobre origem da agricultura



Pesquisadores acharam estrutura em vilarejo perto do mar Morto. Construção servia para guardar cereais selvagens colhidos ali.



Escavações na Jordânia, nas vizinhanças do mar Morto, revelaram um dos mais antigos conjuntos de celeiros do mundo, trazendo pistas sobre as origens da agricultura no Oriente Médio. As estruturas, com cerca de 11 mil anos de idade, foram estudadas pelos arqueólogos Ian Kuijt e Bill Finlayson e estão descritas na revista científica "PNAS". A arquitetura dos celeiros revela paredes de adobe, pedra e pau-a-pique, com assoalho elevado para permitir a ventilação dos cereais (cevada e aveia selvagens) e dificultar o ataque de roedores. Aparentemente, os moradores da região estavam recolhendo essas plantas de forma intensiva na natureza, o que, nas gerações seguintes, levaria à agricultura propriamente dita.

domingo, 21 de junho de 2009

MY WAY DO MEU JEITO

Achei belíssima essa versão do Veríssimo, que encontrei no blog do Noblat...

crônica
'My way' do meu jeito



Agora que o fim está perto E se aproxima a ultima cortina, Meus amigos, sei que estou certo: Minha vida não foi rotina.
Vivi uma vida cheia,
Viajei pra não botar defeito.
E mais, mais do que isto,
Fiz do meu jeito.
Remorsos, tive alguns,
Mas, pensando bem, nem foram tantos.
Fiz o que tinha que fazer
Mesmo que aos trancos e barrancos.
Planejei cada passo tomado,
Em cada estrada ou caminho estreito,
Mas mais, mais do que isto,
Fiz do meu jeito.
Sim, sei que há quem diga
Que o olho foi maior que a barriga.
Mas em nenhum momento hesitei,
Engoli tudo e não regurgitei,
Enfrentei tudo
E não fiquei mudo.
E fiz do meu jeito.
Amei, ri e chorei.
Tive a minha cota de desengano,
Mas agora, que as lágrimas secaram
Tudo me parece tão mexicano...
Pensar que fiz tudo isso
E, posso dizer, não sem muito peito.
Não mesmo, não este aqui:
Fiz do meu jeito.
Pois afinal um homem o que é
Se não sabe ficar de pé
E dizer o que realmente acredita
Sem temer a desdita?
Os autos estão aí
Pra mostrar que não fugi.
E fiz do meu jeito.
(Mas com a última cortina pendendo
Eis o mote para um psiquiatra.
Trocaria o meu jeito correndo
Pelo jeito do Frank Sinatra).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

APROVEITE BEM O SEU DIA!!

Por Adriano Silva | 04/06/2009 – Revista Exame



Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou.


Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda
taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.


Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor.Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo.


Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo.


Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.


Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer.Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo.Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje.


Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.

sábado, 6 de junho de 2009

SONETO DE ANIVERSÁRIO

Em comemoração à semana do meu aniversário, o Belo da Semana é esse soneto do Vinícius...


Soneto de aniversário

Vinicius de Moraes



Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.