Com o texto abaixo, estou começando um projeto de resenhas semanal, que visa dividir com vocês as minhas impressões sobre os livros que leio e fomentar o debate sobre as obras.
Escolhi começar com Depois de Auschwitz, primeiro porque foi um presente do meu Amor e porque o tema do judaismo tem me intrigado nos últimos tempos.
Espero que curtam e comentem!
RESENHA DO LIVRO: "DEPOIS DE AUSCHWITZ - O emocionante relato da irmã de Anne Frank que sobreviveu ao Holocausto
Nesta obra Eva Schloss nos apresenta a vida de sua família em Viena. Uma rica família judia que desfrutava de toda a sofisticação e majestade da cidade, vivendo em uma vila espaçosa no subúrbio. Ela nos introduz a intimidade de seu pequeno núcleo, contando a história de seus avós, de como seus pais se conheceram e se casaram e como era a rotina na companhia de seu irmão mais velho Heinz.
No texto, conseguimos sentir a atmosfera da Viena pré guerra, que se configurava em uma potência comercial e cultural, iluminada por pessoas como o compositor Gustav Mahler, o escritor Arthur Schnitzler além do médico Sigmund Freud.
Aqui vale uma observação. A capa do livro nos leva a um erro pois diz “o emocionante relato da irmã de Anne Frank que sobreviveu ao Holocausto”. Eva Schloss não era irmã de Anne Frank. Elas se conheceram em Amsterdã quando suas famílias foram exiladas no momento em que a perseguição aos judeus já se intensificava. Nesse período, as vidas de Anne e Eva se cruzaram de forma não muito intima e, caso Auschwitz não tivesse existido, talvez nunca mais se encontrariam novamente.
Ocorre que Auschwitz existiu. Lá Anne Frank, sua mãe e sua irmã Margot morreram. O mesmo destinou tiveram o pai e o irmão de Eva. Da família de Eva restaram ela e sua mãe. Da de Anne, sobreviveu Otto, o pai que dedicou a vida a não deixar que a memória da filha e os horrores que o preconceito podem causar sejam esquecidos.
Mas voltemos à história de Eva. Sua narrativa tem a legitimidade de quem foi testemunha dos fatos. Quase se pode sentir a angustia da menina que teve sua vida completamente modificada, o medo de que seu irmão perdesse a vista após ser agredido por nazistas, a tristeza de ter que deixar a casa em que cresceu, de ter que se separar do pai e irmão amados, pois assim as chances de não serem capturados seriam maiores.
Eva passou por vários esconderijos e viveu na clandestinidade, sendo restringida a lugares pequenos e silenciosos. Ela mesma diz que não sabe como sobreviveu a isso, uma vez que era uma menina extremamente ativa e amante do ar livre. No entanto, ela compreendia a clareza das opções: esconder-se ou morrer e a esperança de que aquilo não era para sempre lhe fortalecia, ainda que as emoções que prevaleciam eram terror extremo e tédio excessivo.
Outro aspecto interessante da leitura é a relação mãe e filha e a dificuldade que Eva demonstra quando diz: “Foi difícil para mim ficar trancafiada com minha mãe dia e noite, assim como para ela não foi nada fácil passar o tempo com uma garota de treze anos mal-humorada e irritante”
Eva e sua família foram capturados pelos nazistas na manhã em que completava 15 anos. Do esconderijo foram levados para um local de interrogatório no qual as humilhações e agressões físicas começaram. Depois veio a viagem de três dias no vagão de transporte de gado superlotado e por fim a chegada em Auschwitz-Birkenau. Na chegada, os guardas disseram que aqueles que não pudessem andar pelo cansaço ou por estarem doentes deveriam se identificar, pois seriam providenciados caminhões para leva-los ao destino. Muitos aliviados aceitaram a gentileza. Nunca mais foram vistos.
A primeira seleção pela qual Eva, sua mãe e as demais pessoas que chegaram junto com elas passaram foi comandada por ninguém menos do que Josef Mengele, o Dr. Morte. Ela foi uma das sete crianças entre 168 que não foram enviadas imediatamente para a câmara de gás. Após esse momento, são descritos a rotina no campo, a sujeira com a qual conviviam, o medo constante de não acordarem no dia seguinte, a fome e as doenças. Os ataques de insetos e ratos, o balde sanitário compartilhado.
Minni, uma prima de sua mãe que trabalhava no hospital do campo salvou as vidas de ambas algumas vezes e facilitou que Eva encontrasse com seu pai pelas grades. Mas não conseguiu salva-lo também.
A chegada das forças da URSS se configurou na libertação do campo. Não sem ainda passarem por medos e sofrimentos e ainda pessoas morrerem com o choque causado por se alimentarem de comida quente e substancial após tanto tempo em uma dieta extremamente restrita.
Uma passagem que me causou espanto foi a que conta sobre a madrugada em que os soldados chegaram com batatas que precisavam ser descascadas para alimentar os outros batalhões que estavam se aproximando e iriam ajudar a liberar o caminho para que as pessoas do campo de concentração pudessem sair. Eu imaginava que todas as mulheres iriam prontamente ajudar, pois era um gesto de gentileza e gratidão com aqueles que viriam salva-las. No entanto, para minha surpresa, Eva conta que muitas pessoas acharam aquele pedido um insulto e disseram que não iam descascar batatas uma vez que eram vítimas. Coisas de seres humanos.
Em uma das paradas do trem que as levaram de volta para Amsterdã, Eva e sua Mutti se encontraram com Otto Frank que, segundo a descrição da autora, estava exausto e enfraquecido. Naquele momento eles ainda não sabiam qual tinha sido o destino de seus entes queridos e nem que eles eram os sobreviventes de suas famílias. Já em casa, com a vida sendo restabelecida, Otto e a mãe de Eva se aproximaram, se tornaram grandes amigos e companheiros, se apoiando mutuamente, uma vez que um podia compreender perfeitamente a dor do outro.
Eva não pôde assistir ao julgamento de alguns “caçadores de judeus” que lucraram muito entregando famílias inteiras para os nazistas. Mas sua mãe estava lá quando Gerada Katee-Walda que havia denunciado seu marido e filho foi condenada a passar sete meses em um campo de internamento.
Mutti e Otto casaram-se e dedicaram suas vidas a divulgar o diário de Anne Frank por meio de edições em diversos idiomas, peças de teatro e exposições.
Eva se casou com Zvi, um judeu que não passou pelos campos de concentração, mas experimentou o antissemitismo europeu, a perda financeira da família, a mudança de vida quando foi morar na Palestina e a dor ao saber o que estava acontecendo com os judeus no Velho Continente .
Eva e Zvi tiveram três filhas e moraram em vários lugares. Os fantasmas do passado nunca a abandonaram. Ela começou a dar palestras e a contar sua história. Seu objetivo é que os jovens conheçam os fatos e impeçam que eles se repitam.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
sábado, 13 de abril de 2013
O CRIME DO RESTAURANTE CHINÊS
Hoje eu termineir de ler O Crime do Restaurante Chinês.
Encontrei o livro em um dos meus passeios de sábado à tarde pelos sebos curutibanos. Ou como esse especificamente gosta de ser chamado, loja de livros lidos.
Comprei sem muitas pretensões. Me interessei por ser um trabalho do Boris Fausto que eu não conhecia e por ele ter recorrido à micro história para escrever.
Me surpreendi. Partindo de um assassinato que aconteceu na quarta-feira de cinzas de 1938, Fausto traçou um belo painél da sociedade e do cotidiano dos paulistanos durante a década de 30.
O assassinato em questão vitimou o casal de imigrantes chineses, donos do restaurante e dois fuincionários, um brasileiro e um imigrante lituano, chacinados de forma brutal na madrugada.
O autor abordou as relações multiculturais entre trabalhadores marginalizados, imigrantes e migrantes, além da forte industrialização e o ritmo acelerado da modernizção de São Paulo.
Ponto forte do livro é o preconceito racial (o acusado do crime é um ex funcinário do restaurante negro e pobre) que a sociedade já tentava mascarar.
Passando pelos estudos de crimonologia da escola Positivista, uma imprensa muitas vezes sensacionalistas, e chegando na absolvição do réu (como é um fato histórico, o final não nos surpreende tanto, mas a construção do enredo e os fatos que nos interessa) que pode ter sido causada pela simpatia que a população lhe dedicou devido a sua semelhança com o jogador Leônidas - goleador brasileiro da Copa da França, Boris passeia entre a história e a ficção policial, nos dando muitas vezez, a impressão de estar lendo Agatha Christie e outras de estamos dentro dos arquivos históricos.
E no final, ainda tem uma lenda urbana! Vale muito a pena.
Encontrei o livro em um dos meus passeios de sábado à tarde pelos sebos curutibanos. Ou como esse especificamente gosta de ser chamado, loja de livros lidos.
Comprei sem muitas pretensões. Me interessei por ser um trabalho do Boris Fausto que eu não conhecia e por ele ter recorrido à micro história para escrever.
Me surpreendi. Partindo de um assassinato que aconteceu na quarta-feira de cinzas de 1938, Fausto traçou um belo painél da sociedade e do cotidiano dos paulistanos durante a década de 30.
O assassinato em questão vitimou o casal de imigrantes chineses, donos do restaurante e dois fuincionários, um brasileiro e um imigrante lituano, chacinados de forma brutal na madrugada.
O autor abordou as relações multiculturais entre trabalhadores marginalizados, imigrantes e migrantes, além da forte industrialização e o ritmo acelerado da modernizção de São Paulo.
Ponto forte do livro é o preconceito racial (o acusado do crime é um ex funcinário do restaurante negro e pobre) que a sociedade já tentava mascarar.
Passando pelos estudos de crimonologia da escola Positivista, uma imprensa muitas vezes sensacionalistas, e chegando na absolvição do réu (como é um fato histórico, o final não nos surpreende tanto, mas a construção do enredo e os fatos que nos interessa) que pode ter sido causada pela simpatia que a população lhe dedicou devido a sua semelhança com o jogador Leônidas - goleador brasileiro da Copa da França, Boris passeia entre a história e a ficção policial, nos dando muitas vezez, a impressão de estar lendo Agatha Christie e outras de estamos dentro dos arquivos históricos.
E no final, ainda tem uma lenda urbana! Vale muito a pena.
quarta-feira, 20 de março de 2013
DA RESPONSABILIDADE DE CADA UM
Ontem eu assisti uma palestra interessante. Na verdade, a proposta era de uma palestra show, mas o moço não era nem cantor e nem palestrante. Mas vamos deixar as críticas de lado.
Uma coisa que ele disse me chamou a atenção. Falava sobre abuso sexual e disse que para as camadas sociais mais pobres, o inferno é ali mesmo, então vale tudo. Já para as camadas sociais altas, o paraíso já pe ali mesmo, então vale tudo também. Ressaltou que a classe média é a classe mais sadia da sociedade.
Não sei de onde ele tirou esse dado, mas me fez pensar na responsabilidade que temos. Se somos os mais saudáveis, significa que está mesmo nas nossas mãos ajudar a melhorar as condições da sociedade em todos os seus domínios.
Não estou aqui dizendo que vamos salvar o mundo. Seria muita pretenção e eu nem acredito que isso possa ser feito. Mas podemos fazer a nossa parte para ajudar a melhorar. Pequenas ações. Coisas simples.
Nada que exija um esforço herculeo.
Viu um papel no chão? Jogue no lixo. Presenciou uma criança sendo mal tratada? Dique denúncia. Uma pessoa sendo assaltada na rua? Chame a polícia. Alguém chorando? Dê consolo. Se puder expandir mais a sua atuação, faça. Se não puder, essas coisas simples já são muito grandes.
Vamos começar então.
terça-feira, 19 de março de 2013
COISA ESTRANHA
Há alguns dias venho pensando em voltar a postar. Agora que o mestrado acabou e eu tenho o mesmo status que o Ioda, não faz sentido continuar deixando esse espaço sem coisas novas.
Mas o que vou escrever hoje é triste. É inquietante. Na verdade, é horrendo. No último final de semana um jovem de 20 anos, foi morto por um grupo de skinheads no São Francisco. Correram atrás dele, que tentou se refugiar em um bar e lhe cortaram a garganta. Só porque ele era punk.
Desde que soube da notícia, estou com um nó na garganta. Esse moço era punk. Tinha 20 anos e o mesmo nome do pai, um policial aposentado. Era conhecido por Lagarto pelos amigos e até disseram que ele era gente boa.
Era um jovem que queria fazer parte de um grupo. O que me dói é imaginar o pânico desse moço nos últimos instantes de sua vida. O que passou pela cabeça dele enquanto corria de seus algozes? Quando ele ? percebeu que não tinha mais escapatória? Que dor!
E os skinhead? O que passa pela cabeça dessas pessoas que provavelmente têm família e saem de casa pensando: "Hoje vou matar um diferente!"?
O que acontece com a humanidade? Porque este fenômeno de intolerância e de matar os diferentes não é atual. Desde sempre aconteceu. Mas há quem diga que evoluímos. Se isso é verdade, porque continuamos a fazer coisas desta natureza?
Eu realmente estou muito triste. Penso na família do Lagarto. No pai, na mãe, nos amigos. E o que mais penso e nele em seus momentos finais. Ainda acho que o ser humano é bom. Temos então que encontrar formas de resgatar essa bondade perdida. Mas hoje eu não consigo.
domingo, 20 de março de 2011
COMEÇOU O OUTONO DE NOVO!!
Hoje começa o Outono, a estação que, como muitos já sabem é a minha preferida.
O outono, como a primavera, é uma estação de mudança; no entanto, enquanto a primavera tem cheiro de renovação e gosto de renascimento, o outono é uma época mais introspectiva, que nos chama a prepara-nos para o período mais escuro e frio do ano. Ele nos convida a um encontro com nós mesmos e, dessa forma, com o outro. Os dias do outono são mais bonitos, as noite mais aconchegantes e iluminadas. Vale a pena observar!
Folhas secas do outono
tapete do coração
onde se deitam lembranças
que precisam descansar.
Elas nos olham saudosas
entre sorrisos e risos
emoções deliciosas
que insistimos em lembrar.
O amor dentro de um trem
inda provoca arrepios
não fui eu, nem foi você
foi nosso lado infantil.
Que viveu intensamente
os momentos do seu tempo
e hoje, em pleno outono
relembrar é um passatempo.
Que nos devolve emoções
que inebria o pensamento
que faz nossos corações
viajar por um momento.
Passando pelo verão
na primavera retornam
e voltam para o outono
prontos pra esperar o inverno.
Não há pressa, entretanto
no outono quero ficar
todo o tempo que puder
partilhando com você.
Mais tarde nos perderemos
como tudo nessa vida
eu e você... não seremos
mais que lembranças queridas...
de um outono que passou!!!
Tere Penhabe
Itanhaém, 01/04/2003
O outono, como a primavera, é uma estação de mudança; no entanto, enquanto a primavera tem cheiro de renovação e gosto de renascimento, o outono é uma época mais introspectiva, que nos chama a prepara-nos para o período mais escuro e frio do ano. Ele nos convida a um encontro com nós mesmos e, dessa forma, com o outro. Os dias do outono são mais bonitos, as noite mais aconchegantes e iluminadas. Vale a pena observar!
Folhas secas do outono
tapete do coração
onde se deitam lembranças
que precisam descansar.
Elas nos olham saudosas
entre sorrisos e risos
emoções deliciosas
que insistimos em lembrar.
O amor dentro de um trem
inda provoca arrepios
não fui eu, nem foi você
foi nosso lado infantil.
Que viveu intensamente
os momentos do seu tempo
e hoje, em pleno outono
relembrar é um passatempo.
Que nos devolve emoções
que inebria o pensamento
que faz nossos corações
viajar por um momento.
Passando pelo verão
na primavera retornam
e voltam para o outono
prontos pra esperar o inverno.
Não há pressa, entretanto
no outono quero ficar
todo o tempo que puder
partilhando com você.
Mais tarde nos perderemos
como tudo nessa vida
eu e você... não seremos
mais que lembranças queridas...
de um outono que passou!!!
Tere Penhabe
Itanhaém, 01/04/2003
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
PARA LER ANTES DO ANO ACABAR
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Correria mais riscos, viajaria mais, comtemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não perca o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem ter um termometro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas;
se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o final do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças.
Se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas já tenho 85 anos, é tarde demais
E duvido que conseguisse impor estas idéias aos jovens; a oposição é muito grande
(autoria desconhecida. Atribuído a J.L.Borges, mas possivelmente escrito por Nadine Stair ou Don Harold)
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Correria mais riscos, viajaria mais, comtemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não perca o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem ter um termometro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas;
se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o final do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças.
Se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas já tenho 85 anos, é tarde demais
E duvido que conseguisse impor estas idéias aos jovens; a oposição é muito grande
(autoria desconhecida. Atribuído a J.L.Borges, mas possivelmente escrito por Nadine Stair ou Don Harold)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O QUE ACONTECEU HOJE???
Hoje é o Dia Nacional do Livro
O Dia Nacional do Livro, 29 de outubro, comemora a fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil. O acervo tinha 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., tudo acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.
Em 29 de outubro de 1810, a biblioteca foi transferida e essa passou a ser a data oficial de sua fundação. Até o ano de 1814, os estudiosos precisavam de uma autorização prévia para consultá-la.
O Dia Nacional do Livro, 29 de outubro, comemora a fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil. O acervo tinha 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., tudo acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.
Em 29 de outubro de 1810, a biblioteca foi transferida e essa passou a ser a data oficial de sua fundação. Até o ano de 1814, os estudiosos precisavam de uma autorização prévia para consultá-la.
domingo, 10 de outubro de 2010
O BELO DA SEMANA - GERALDO CARNEIRO
O belo dessa semana é o poema de um mineiro e fala de como as nossas certezas e predileções mudam com o passar do tempo e - quem sabe?- conforme a gente vai ganhando sabedoria
Quem Diria
Geraldo Carneiro
ser cético era sonho de consumo
quando eu me consumia sendo jovem,
ser joyce, guimarães ou ser vinicius
no trânsito das musas musicais.
naquele tempo ainda não sabia
que a mim só me cabia ser eu mesmo,
entre as estrelas e as revoluções,
ao menos cá, no cais do coração.
hoje mudei, ulysses de mim mesmo,
procuro milha ilha em Tordesilhas,
uma sereia que me faça bem,
me faça mal, me faça quase tudo.
eu que só tinha o credo dos ateus
quero que a vida voe sempre assim
no piloto automático de Deus.
Quem Diria
Geraldo Carneiro
ser cético era sonho de consumo
quando eu me consumia sendo jovem,
ser joyce, guimarães ou ser vinicius
no trânsito das musas musicais.
naquele tempo ainda não sabia
que a mim só me cabia ser eu mesmo,
entre as estrelas e as revoluções,
ao menos cá, no cais do coração.
hoje mudei, ulysses de mim mesmo,
procuro milha ilha em Tordesilhas,
uma sereia que me faça bem,
me faça mal, me faça quase tudo.
eu que só tinha o credo dos ateus
quero que a vida voe sempre assim
no piloto automático de Deus.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
CINEMA COMO INSTRUMENTO POLÍTICO
O texto é de uma jovem aspirante a cineasta, extremamente talentosa e da qual eu me orgulho muito: Minha filha!!!
A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COM INSTRUMENTO POLÍTICO E SOCIAL AO LONGO DA HISTÓRIA
Laura Toledo
Na época o Império Romano, a política denominada "pão e circo" era utilizada pelo governo vigente para desviar a atenção do povo quanto à sua situação econômica e social. Algo parecido foi utilizado na Inglaterra Elizabetana, porém, o instrumento de alienação eram então, as comédias teatrais. Grandes espetáculos, artísticos ou não, sempre foram ferramentas políticas poderosas. Com cinema não seria diferente.
O cinema não é e nem deve ser utilizado como uma mera mídia de distração ou alienação. Eisenstein já via seu potencial político quando, em meio à Revolução Russa, usou seus filmes para difundir os ideais comunistas. Além de propaganda, a história também pode ser impressa na imagens em movimento dos filmes .Já disse Nichols: "Todo filme é documentário". Isso porque nele se reflete a realidade política, social e economica na qual foi realizado.
Ainda visando sua importância política, é fácil perceber na linguagem cinematográfica de movimentos, como o neo realismo, a transformação de privação de recursos em formas de mostrar e evidenciar os problemas vividos na época.
Como instrumento de oposição e resistência, assim como Glauber Rocha com o seu "Terra em transe", o cinema pode ser entendido como forma de se posicionar contra a opressão e a alienação.
A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COM INSTRUMENTO POLÍTICO E SOCIAL AO LONGO DA HISTÓRIA
Laura Toledo
Na época o Império Romano, a política denominada "pão e circo" era utilizada pelo governo vigente para desviar a atenção do povo quanto à sua situação econômica e social. Algo parecido foi utilizado na Inglaterra Elizabetana, porém, o instrumento de alienação eram então, as comédias teatrais. Grandes espetáculos, artísticos ou não, sempre foram ferramentas políticas poderosas. Com cinema não seria diferente.
O cinema não é e nem deve ser utilizado como uma mera mídia de distração ou alienação. Eisenstein já via seu potencial político quando, em meio à Revolução Russa, usou seus filmes para difundir os ideais comunistas. Além de propaganda, a história também pode ser impressa na imagens em movimento dos filmes .Já disse Nichols: "Todo filme é documentário". Isso porque nele se reflete a realidade política, social e economica na qual foi realizado.
Ainda visando sua importância política, é fácil perceber na linguagem cinematográfica de movimentos, como o neo realismo, a transformação de privação de recursos em formas de mostrar e evidenciar os problemas vividos na época.
Como instrumento de oposição e resistência, assim como Glauber Rocha com o seu "Terra em transe", o cinema pode ser entendido como forma de se posicionar contra a opressão e a alienação.
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