quarta-feira, 26 de novembro de 2008

AS REDES, O MERCADO DE TRABALHO E A CRISE

Qua, 26 Nov - 12h14

Por Tarmo Virki

HELSINQUE (Reuters) - Janel Landon, que dirige uma pequena consultoria de relações públicas em Chicago, conhece há muito o potencial das redes online; agora, aos 50 anos e diante de uma recessão mundial, decidiu aderir.

"Dado o estado da economia, eu também decidi embarcar", disse Landon à Reuters. "Fazer networking profissional é uma obrigação em momentos de instabilidade econômica."

A crise econômica que vem abalando empresas de todo o mundo gerou alta no uso de redes profissionais --Xing e LinkedIn se tornaram sites essenciais--, enquanto as pessoas tentam se proteger contra demissões e os trabalhadores demitidos tentam encontrar novos empregos.

O desemprego atingiu sua maior marca em 14 meses nos Estados Unidos, em outubro, e de acordo com o serviço online de recrutamento Monster as atividades de recrutamento na Internet caíram ao seu mais baixo patamar em quase três anos. Os índices de desemprego também estão em alta na Europa.

O tráfego nas principais redes de contatos profissionais na Web, por sua vez, disparou desde que a crise financeira começou a gerar manchetes, e a principal delas, a LinkedIn, uma empresa de capital fechado, excedeu em 25 por cento seu número previsto de adesões em setembro.

"Ninguém havia visto nada parecido", disse Kevin Eyres, diretor de operações da LinkedIn na Europa. "Agora estamos crescendo em ritmo de praticamente um usuário novo por segundo."

O número de membros da rede LinkedIn subiu de 18 milhões no começo do ano para 31 milhões agora, e o ritmo mais acelerado acontece nos ramos de serviços financeiros, mídia, educação e tecnologia, segundo Eyres. A empresa não revela detalhes financeiros.

"Porque muitos profissionais estão preocupados com a possibilidade de perder o emprego, faz sentido que redes sociais cujo foco é a carreira, como a LinkedIn, registrem tráfego ampliado", disse Martin Olausson, diretor da unidade de estratégias de mídia digital no grupo de pesquisa Strategy Analytics.

Ele estimou que o mercado de redes sociais para profissionais atinja os 170 milhões de dólares este ano

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