terça-feira, 16 de dezembro de 2008
O QUE ACONTECEU HOJE?
Hoje é um dia interessante: Em 1770 nascia em Bonn, Ludwig van Beethoven, o grande gênio da música, que viveu no período de transição entre o Classicismo e o Romantismo.
Ludwig (para os íntimos), é considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. O crítico alemão Paul Bekker definiou sua obra como “um resumo da liberdade: liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida”.
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe, o melhor mestre de cravo da cidade, que lhe deu uma formação musical sistemática, e lhe deu a conhecer os grandes mestres alemães da música. Numa carta publicada em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava que seu discípulo, de dez anos, dominava todo o repertório de Johann Sebastian Bach, e que o apresentava como um segundo Mozart. Compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns Lieds. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido ao alcolismo do pai.
O grande gênio passou por diversas algruras: Além das decepções amorosas, aos 26 anos foi diagnosticada a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.
Apesar da grande trajédia, até ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. Sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, trabalhava numa nova sinfonia, assim como projetava escrever um Requiem.
Conta-se que cerca de dez mil pessoas compareceram no seu funeral, entre elas Franz Schubert. Faleceu de cirrose hepática, após contrair pneumonia.
Já na Rússia, aos 16 de Dezembro de 1926, na cidade de Petrogrado (hoje São Petersburgo), morria o místico Grigori Rasputin, que foi um afigura de grande influência no final do período czarista.
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta proteção, Rasputin começa a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajectória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.
A Primeira Guerra Mundial trará novos contornos à atuação de Rasputin, já odiado pelo povo, que o acusa de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa a várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.
Rasputin também é conhecido pela sua suposta e curiosa morte, pois, primeiro ele foi envenenado num jantar, porém sua úlcera crônica fê-lo expelir todo o veneno. Depois, teria sobrevivido a um fuzilamento no qual levara supostamente, onze tiros. Foi castrado e continuou vivo. Conta-se que Rasputin só sucumbiu ao ser agredido e atirado no rio Neva onde morreu, não pelos hematomas, nem afogado, mas de hipotermia.
Seu velório ainda causou revolta na população russa pois, alguns livros contam que a czarina Alexandra compareceu com as filhas e as obrigou a beijar o defunto, assim como ela própria o fez.
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