terça-feira, 7 de julho de 2009

MARATONA BETO CARRERO


No sábado eu participei da Maratona Beto Carrero, lá mesmo dentro do parque. É incrível como as minhas reações sempre são as mesmas: Uns dias antes, me bate um desanimo e a certeza de que não vou conseguir. Na véspera, uma vontade enorme de me esconder debaixo da cama, pra ninguém me encontrar. No caminho pra prova, uma esperança de que algum acontecimento de força maior (tufão, tempestade, furacão...) tenha obrigado os organizadores a cancelarem a prova. Na largada, a esperança de chegar até o final. No segundo ou terceiro quilometro a pergunta fatal: o que eu to fazendo aqui? E no final, a alegria de ter concluído o percurso (que nesse caso, é definido em linguagem técnica como travado) e os planos pra próxima.
A corrida foi ótima. O espírito de solidariedade entre os atletas e a emoção de uma largada, não dá pra ser traduzido. Só estando lá pra ver. Claro que uma atleta com TPM tem o direito de ser um pouco menos partidária desse espírito. Me explico: Logo depois da largada, a gente entra em uma estrada de terra, o que já cobra mais. Em seguida, começa um morro infernal, que dá vontade de chorar. Nem a sombra dos dinossauros acima ou o elefantinho sorridente indicando que havíamos vencido o primeiro quilometro, ameniza e trás um pouco de bom humor. Nessa hora, todos os palavrões que minha mãe me ensinou que eu não podia falar, vieram a minha cabeça. Só não saíram da boca, porque ou eu xingava ou eu corria. Nesse momento, diminui o ritmo. Ai, a solidariedade esportiva entrou em cena: um senhor que devia ter uns 125 anos e um vigor desumano, que vinha logo atrás de mim, gritou pra me encorajar:
- Vamo, vamo, mocinha!!!! Força!
E eu, do alto da minha doçura urrei:
- To indo!!!!
Não sei se foi o tom que eu usei ou a cara de maus amigos que fiz, mas percebi que o ancião aumentou ainda mais suas passadas e eu não o vi mais durante todo o dia (provavelmente não o verei nessa encarnação).
Tirando isso, o moço que escorregou no estrume na minha frente e a mocinha que quase foi atropelada por uns bois, tudo correu bem.Os Rock n`Run deram um show e até cruzamos o tapete azul juntos. Depois, fomos aproveitar um pouco do parque que realmente é maravilhoso.
A dor na perna que eu tava sentindo foi toda embora com a descarga de adrenalina que eu tive no brinquedo de queda livre. Achamos também que o Fábio ia embora, depois que ele saiu verde da montanha russa. Mas ficamos todos bem.
O último brinquedo em que andamos foi o trenzinho que dá a volta em todo o parque. Paisagens lindas, vilas de gigantes, casa do Papai Noel, animais... Tudo com o que uma criança sonha. E que um homem sonhou um dia e construiu. Ali, pensar em Sartre foi inevitável: a morte realmente é ridícula. Mas isso é assunto pra um outro post.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gente boa, inteligente, linda e atleta... Será que você aceita meu pedido de casamento??

Anônimo disse...

estou com ciume...pelo menos quero ser padrinho...